quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Do repertório... Nas patas do meu cavalo (E. Teixeira e Cristiano Quevedo)


Na boca o gosto do mate, cruzando as várzeas me calo

Só pra ouvir o bate bate, das patas do meu cavalo

E abrindo as asas do pala pra o sol, amigo que eu tenho,

Num trote manso me embala como se eu fosse um desenho

Sou hoje o que eu já fui ontem: gaudério, um guasca sem lei

Meu rumo é lá no horizonte da paz que eu sempre sonhei


O vento escuta o que eu falo num verso feito oração

Nas patas do meu cavalo me sinto com os pés no chão


Há muito eu tenho viajado, rédea solta, sem volver

Pachola e despeonado, assim nasci _vou morrer

Minha sina passarinheira me ensita a seguir viagem

Fechando e abrindo porteiras, não peço e nem dou vantagem

Dinheiro eu não faço conta, sou assim e me defino

"Prenda" fiel da minha honra, "patroa" do meu destino


O vento escuta o que eu falo...