sábado, 17 de setembro de 2011

Foi num 11 de setembro...


Buenas, meus amigos. No domingo anterior estive na primeira Capital Farroupilha, Piratini, levando nossa música ao querido público que prestigiou aquela noite da Semana Farroupillha.
Tive a oportunidade de destacar durante a apresentação os motivos pelos quais estava emocionada por cantar no Palco do Rio Grande. O primeiro, é que fomos agraciados com o convite para estarmos lá devido à votação do público o qual lotou o ginásio e participou do show cantando bastante e até “largando” um sapucay bem gaúcho!
E o segundo? O segundo motivo é que não há como não se emocionar com este carinho e hospitalidade, não há como não se emocionar ao cantar na histórica Piratini sob o enorme manto tricolor gaúcho que, imponente, reafirma nossos eternos ideais de liberdade, igualdade e humanidade. E como se não bastasse, era 11 de setembro de 2011.
Por isso sempre digo que a música, com seus acasos, me traz regalos capazes de me fazer acreditar que vale a pena continuar com passos firmes, defendendo no meu canto o amor por minha terra e os valores do meu povo. Era 11 de setembro, fazia exatos 175 anos que fora proclamada a República Rio-grandense pelo meu conterrâneo Antônio de Souza Netto, o qual, frente a suas fileiras proferiu, também, estas palavras:
“Em todos os ângulos da província não soa outro eco que o de independência, república, liberdade ou morte. Este eco, majestoso, que tão constantemente repetis, como uma parte deste solo de homens livres, me faz declarar que proclamemos a nossa independência provincial, para o que nos dão bastante direito nossos trabalhos pela liberdade, e o triunfo que ontem obtivemos, sobre esses miseráveis escravos do poder absoluto.
(...) Camaradas! Gritemos pela primeira vez: viva a República Rio-grandense! Viva a independência! Viva o exército republicano rio-grandense!”

Conta a história, que depois do pronunciamento do General, um pavilhão tricolor, sem brasão, mandado ser feito às pressas em Bagé, tremulava pelo Campo dos Menezes.
... E ali estava, eu, 175 anos após, também sob o manto de três cores, relembrando este feito que certamente nos faz tão diferentes, tão mais bravos, tão mais apaixonados por nossa terra. E ali estávamos todos, cantando o refrão de “A mim me basta”, repiqueteado por palmas e pelo bombo legüero, de onde soava forte o bater de cada coração farroupilha. Foi mais que lindo. Gracias, Piratini! Um forte abraço!

Agradeço também aos organizadores, a Prefeitura Municipal, ao Dione, Silvia e a toda equipe de jornalistas e radialistas da Nativa, RadioCom, Rádio Parque e Pirainfest.

Um comentário:

Edu Rickes disse...

Estive por lá cobrindo os festejos farroupilhas e o que se fala do teu show é só coisa boa. Todos elogiando teu trabalho e reafirmando o que tive certeza desde que escutei há anos num toque de celular por aí: és uma grande cantora!
Um forte abraço guria!